sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

presente da duda


O conto se passa no meio de um bosque já conhecido de outra história, o bosque perfeito, onde não há leões, os tigres dominam, todas as árvores são verdes e grandes, o lago é de uma água azul cristalina e se perde no horizonte, e o sol penetra na intensidade exata para que não seja nem frio nem quente demais... as trilhas são infinitas e a calmaria é contínua, de modo que nada pode perturbar a paz e a tranqüilidade no refúgio eterno do casal apaixonado... mas é claro que nem sempre foi essa tranqüilidade acima descrita, houve tempos em que eles sofreram com a distância e a saudade, dois elementos unidos para tentar destruir as relações, mas que até o momento não foram poderosos o bastante para destruir esses dois amantes tão diferentes e ainda assim tão iguais na essência de seus sentimentos.

Mas antes de chegarmos ao local perfeito, precisamos saber o que aconteceu com o lindo casal para que chegassem ao ápice dessa relação tão questionada e ainda assim tão bonita... além da distância e da saudade, a sociedade tentava separar esses dois portadores do maior e mais inexplicável sentimento humano, e o argumento usado pela hipocrisia das massas era simplesmente uma diferença de idade ‘inaceitável’ do ponto de vista dos eternos conservadores – necessitados de egocentrismo: duas doses ao dia talvez fosse o ideal –, tudo que um relacionamento complicado precisa, desconfiança... haja amor para segurar tantas dificuldades...

E com essa frase chegamos ao ponto crucial!

Amor.

Puro e simples, ideal.

Tá, mas não posso deixar o deslumbramento e os pensamentos com este casal me desviarem do foco. Foco... essencial na vida, saber o que queremos, não nos desviar, o que eu estou fazendo em demasia, mas vamos admitir, quem não perderia o foco contando essa história? Tenho certeza que Shakespeare vagou por infinitas vezes durante a criação da peça Romeu e Julieta. É, até os gênios se desviam! Mas voltando, eu que estou longe de ser um gênio, não posso me dar ao luxo de fazer como eles. Então, o amor!

Vamos nos concentrar em como ele começou, sim. O rapaz tinha sérios problemas com relacionamentos, achava a coisa mais difícil do mundo começar um, e vinha de uma experiência ruim com a distância, mas tem gente que simplesmente não aprende, comete o mesmo ‘erro’ – feliz erro... - em diferentes oportunidades. Repetição que criou esse conto, e por isso serei eternamente grato e este garoto. Na sua tristeza, o rapaz sabia que o relacionamento não duraria muito – o anterior – e vendo o seu futuro novo amor sofrer com um pequeno problema de saúde, sentiu uma vontade surreal de abraçá-la, nada mais que isso. Mentira, ele queria mais. Abraçar, cuidar, proteger... ver aquele pequeno ser humano, tão inocente e tão frágil fez florescer no rapaz um sentimento que ele já conhecia, de fato, mas que se apresentava de maneira tão diferente e ainda assim tão perfeita!

Foi isso, nada mais aconteceu. Ao garoto faltou coragem e sobrou respeito para com o já fracassado quase ex-relacionamento. E quanto a garota? Nada sentiu, nada observou no comportamento do seu futuro amor, apenas a visão maravilhosa – aos olhos dela – do maxilar do rapaz. Estranho, mas talvez esse seja o adjetivo que melhor defina a relação que teve ‘início’ – base talvez seja um termo mais adequado – nesse momento especial.

Depois disso, não existem tantas coisas relevantes. Ambos conversaram – ignorando a distância – perceberam que eram iguais nas diferenças e com o tempo o amor apareceu. Simples assim, ele simplesmente deu as caras, como uma flor que desabrocha de um dia para o outro, ou em uma comparação menos sutil, como a inspiração de um escritor – ou ‘pseudo-escritor’ – que aparece do nada, dando início à obras maravilhosas da literatura. A questão é que o que devia acontecer, aconteceu, embora ninguém deixa explícito, afinal não há nada como expressar um novo sentimento ao pé do ouvido do receptor, o que realmente aconteceu, conforme o planejado – ou de maneira mais perfeita.

Mais uma vez eles se encontraram, uma festa na qual nenhum dos dois estava muito bem. Fisicamente, é claro, pois seus sentimentos estavam prontos para serem revelados um ao outro. Então, em um roteiro perfeito para uma noite imperfeita, os dois apaixonados se viram deitados em uma cama, no escuro, juntos finalmente... ele já tinha dado a entender os seus novos sentimentos, mas a ingenuidade dela impediu que as coisas pudessem ser percebidas, felizmente. Assim, ignorando as dificuldades que tomavam conta do corpo de ambos, vamos ao primeiro diálogo relevante, e talvez o único a ser divulgado neste conto:

- lembra que eu queria te dizer uma coisa? – perguntou ele emocionado por ter o momento perfeito em suas mãos

- lembro... – respondeu ela nervosa, aninhando-se melhor ao corpo do seu amor

- então... eu queria dizer que eu te amo...

A resposta dela não ficou clara na mente do rapaz, afinal seu objetivo estava cumprido, e por mais relevantes que fossem os sentimentos dela, e ainda sejam, naquele momento o que realmente importava era que a missão estava cumprida, e o amor enfim podia tomar conta dos corpos e almas que por semanas por ele vinham sendo sondados ... e naquele momento aceitavam sua rendição.

Mas como nem tudo é perfeito, mais uma vez eles se viram separados.

E a agonia foi crescente, contando os dias para que pudessem estar juntos e aproveitar mais tempo limitado, sempre limitado... se não fosse limitado seriamos imortais, e qual a graça nisso? Viver sem o maior objetivo, que é alcançar a morte... a vantagem para eles era ficarem juntos para sempre, improvável, mas nunca impossível.

Passados mais alguns dias, o casal ficou unido novamente. Fisicamente, pois de novo – ou ainda – estavam unidos pelo sentimento. E apesar de todos os problemas em seus mundos paralelos - tão paralelos que eram e ainda são segundo plano , perdendo para o amor que um sentia pelo outro – os dois viveram o pouco tempo que lhes restava com intensidade, sentindo fundo na alma todo momento em que não podiam estar abraçados, aproveitando o calor e o perfume perfeito que ambos tinham, e que para o outro servia como elixir da vida, dando sentido e razão à tudo que acontecia, tudo que aconteceu, e tudo que eles esperavam acontecer. Por mais que o futuro se mostrasse sombrio.

Os problemas paralelos conseguiram incrivelmente cruzar com o amor, separando-os novamente! Dessa vez, sem previsão de volta...

E foi essa falta de perspectiva no futuro que criou a melhor perspectiva de todas, e, como último ato desesperado, ele propôs que eles fossem viver juntos, para sempre, no bosque.

E então voltamos ao início, o bosque!

Não é preciso descrever o bosque novamente, mas é preciso lembrar que era simplesmente – ou de maneira complexa – o local ideal, perfeito, onde tudo que importava era o que eles sentiam, e nada mais. Não há nada nem ninguém que possa interferir neste bosque, a mais pura representação de paraíso.

Com todos esses fatos, acontecimentos e até algumas metáforas, chegamos ao ponto crucial, a mudança.

Ficou resolvido que um quarto exatamente no centro do bosque – posição que um ocupava no coração do outro – seria suficiente para uma eternidade de amor, carinho, abraços, perfumes, mordidas e tudo mais que eles quisessem, por só isso era necessário... querer.

Acho interessante descrever o quarto, afinal ele é a base do amor nesta nova terra, uma base sólida, tão sólida quanto o sentimento em si, preparado para durar talvez até mais de uma eternidade.

O quarto tinha uma parede de espelho, afinal todo ponto de vista é a vista de um ponto, e jamais devemos aceitar a cegueira, sempre buscando novas maneiras de ver a nós mesmos e aos nossos sentimentos. No alto da parede de espelhos, duas frases para resumir a relação: ‘everytime we kiss i swear i could fly’ e ‘it’s all for you’...

Simplesmente isso, a maneira perfeita de descrever o amor do casal em poucas palavras.

Voltando à base, em outra parede havia uma lareira, para aquecê-los, apesar de seu afeto ser suficiente para acender a própria fogueira diversas vezes... uma linda cama com uma coberta com ideogramas japoneses, nem grande demais que eles perdessem um ao outro, nem tão pequena que eles se batessem nas paredes – como eram extremamente propensos – a cada movimento. Um ar condicionado para refrescá-los nos momentos de maior intensidade, quando o calor e o instinto tomam conta dos corpos e das almas, e eles viram um ser só. Almofadas rosa, ursos, fotos, um sapo, e um pijama azul de porco à pedido dela, para que o seu mundo não fosse completamente deixado para trás nesta nova jornada, e para que o mundo dele não fosse esquecido, sua televisão, seu violão – por mais que ele não soubesse tocar nada - , seu dragão – apesar do medo que seu amor sentia de dragões, o que apenas dava uma desculpa para que ela se aninhasse mais e mais em seu peito e eles pudessem ficar horas desta maneira, aproveitando um ao outro em seu tempo infinito – e por fim os livros dele, principal lembrança do seu antigo mundo.

É claro que a mudança não foi fácil para nenhum deles; largar os amigos e a família é sem dúvida a maior prova de amor que um pode dar ao outro, mas com um amor tão puro e especial, nenhum deles nunca duvidou que o outro fosse incapaz de dar esse último passo, para que pudessem, enfim, ficar juntos para sempre no local mais perfeito e com o par mais perfeito possível para cada um deles.


Bom, tá aí o meu conto preferido, e da maioria das pessoas que já leram todas as coisas que eu já escrevi. Dá pra dizer que esse foi escrito com amor, pq foi mesmo. Não é fácil escrever com prazo, muito menos pra fazer um presente de aniversário pra alguém que se ama muito. Por mais que já façam alguns meses e as coisas tenham mudado extremamente, acho interessante fazer essa homenagem e acabar com esse blog. Não acho que faça muita diferença ele existir ou não, quase ninguém sabe dele mesmo. Por fim, só mesmo agradecer a Duda, pq ela foi uma das pessoas que fez meu 2010 perfeito, e que eu espero que volte pra minha vida em 2011, pq eu realmente sinto falta. Te amo muito Duda.

pela eternidade


O tempo parecia ter parado

Só eles dois podiam se mover

Bem, eles dois e um homem que apareceu do nada

Um homem bronzeado, da mesma altura do menino, porém careca e infeliz

O menino teve a sensação de que ele e o homem eram a mesma pessoa, então disse:

- ei, vai falar com ela!

Disse aquilo umas cinco vezes, mas o homem nada respondeu e sua expressão em nada se alterou, na verdade, o pobre homem parecia inconsolável

Tudo na grande sala de paredes branca, cheia de pessoas em pé, que mais pareciam estatuas, continuou igual

O tempo não passava, o relógio da sala estava congelado

A menina que até agora apenas observava e ouvia tudo, deu um sorriso triste e falou:

- ele tem medo de falar comigo

- porque?

- tu ainda não percebeu? Ele é você!

O menino já sabia disso, mas espantou-se como se não soubesse, pois não conseguia imaginar como a menina sabia

- mas como eu fiquei assim? – perguntou o menino após alguns minutos de silencio

- assim como?

- bronzeado, careca, com uma expressão tão vazia... eu estou um lixo!

- ah, isso! Bem... lembra que tu me amava?

- eu te amo

- de qualquer jeito, a gente não ficou junto, e tu ficou assim

- mas de uma hora pra outra?

- não, não... – disse a menina sorrindo – você vai ficar assim

- mas o que acontece pra eu ficar assim?

- você fica triste o resto da vida, porque nunca ficou comigo, quando era o que tu mais queria, e pra falar a verdade, era o que eu também queria – acrescentou ela encabulada

- mas cadê você no futuro? Porque só eu estou aqui?

- ah, eu morri, por isso que eu estou assim

O garoto ficou surpreso com essa constatação, mas nada disse

- continuando, tu fica assim bronzeado porque tu casa com uma mulher má que vive na praia, tu odeia praia, né?

O menino apenas assentiu

- é... eu lembro que tu me disse uma vez...

Ela se perdeu em lembranças por alguns minutos – ou horas, era impossível ter noção de tempo naquela hora – e então continuou:

- e tu fica sem cabelo porque tu tem tantas preocupações... e aquela mulher te trata tão mal! Sem contar que tu odiaria ser careca né? – dessa vez ela nem esperou resposta – eu lembro disso...

- e porque tudo parou? Porque estamos aqui com ele? – o menino fez uma careta ao dizer “ele”, pois não sentia a menor simpatia por seu eu futuro

- porque eu sempre te amei, mas jamais demonstrei isso, então eu vim pra te salvar

- salvar do que?!

- dessa vida!

- tu vai me levar contigo então pra nós ficarmos juntos? – perguntou ele excitado

- impossível...

- então vai ficar junto comigo? – perguntou ele ainda mais excitado, e até emocionado

- não tem como, eu estou morta... – disse ela tristemente

Ao ouvir isso, o menino se sentiu mais triste do que jamais se sentira na vida

- então no final das contas a gente nunca vai ficar junto? – perguntou ele quase chorando

- ai é que está! Eu nunca demonstrei o quanto eu te amava, então eu vim pra te salvar de uma vida miserável, como prova de amor...

- mas se você está morta, minha vida vai ser miserável de qualquer jeito!

- não, você apenas tem que fazer as escolhas certas, fique com quem te trata bem, e tudo vai dar certo no fim...

- mas quais serão as escolhas certas?

- as que o teu coração fizer! Nunca se esqueça que eu te amo, sempre te amei, e sempre vou te amar, pela eternidade, sempre esperando que a nossa hora chegue...

Tudo que ele conseguiu responder frente aquela declaração foi:

- eu também te amo...

Foi mais que o suficiente, pois ela já sabia disso, e após aquelas palavras, eles se abraçaram, o tempo voltou ao normal, e a vida dele foi perfeita até o dia de se unir ao seu verdadeiro amor na eternidade.

Esse é pra Marina Colle (@marinacolle) que sempre foi uma ótima amiga pra mim e me serviu de inspiração pra esse conto, graças a um sonho. Obrigado Marina (:

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

o conto do idiota 'apaixonado' 2

o lugar desta vez é algo que podemos chamar de um pequeno bosque

o tempo estava nublado, a chuva não ia demorar a chegar

apesar do tempo desfavorável, aquele continuava sendo o lugar preferido do personagem principal – ou secundário, tudo depende do romantismo de quem lê, para este escritor, ele é o personagem secundário – em todo o mundo.

eram aproximadamente 15:40 da tarde

fora da trilha, entre árvores e arbustos o já mencionado idiota caminhava ao lado da menina mais linda do mundo a seus olhos, Sophia

talvez você não conheça essas duas pessoas, para tal é necessário ler o conto do idiota ‘apaixonado’ 1

pois bem...

ambos caminhavam meio apreensivos entre as arvores e arbustos do pequeno bosque que estranhamente não ficava muito longe do centro da cidade onde eles moravam

nenhum dos dois ousava dizer uma só palavra, mas um olhava de esguelha para o outro a intervalo de segundos, sempre esperando por algum sinal de conversa

embora ambos estivessem tímidos, era impossível para os dois não sorrir ao ver o rosto da pessoa que caminhava a seu lado

tudo aquilo parecia um sonho

não havia ruído algum, a não ser o farfalhar das folhas impulsionadas pelo vento típico de um dia meio ranhoso de inverno

os animais estavam todos escondidos, pressentindo a chuva que se aproximava cada vez mais, entretanto, nenhum deles ousava deixar de olhar para aquela cena curiosa

afinal, não é comum para os animais verem duas pessoas tão jovens fora da trilha do bosque, afinal é um bosque traiçoeiro, e perder-se nele é a ultima coisa que uma pessoa sensata iria querer

mas isso não era problema para o idiota, pois ele conhecia tudo naquele bosque

não sendo problema para o idiota, naturalmente não era problema para Sophia, afinal, ele jamais deixaria que algo acontecesse aquela pessoa que ele conhecia tão mal e a tão pouco tempo, mas que fazia com que ele tivesse a sensação de estar completo

sophia não era a menina mais bonita do mundo, isso era certeza, porém, aos olhos daquele pobre idiota, vitima do ‘amor’ (amor? eles mal se conheciam), ela se tornava a pessoa mais importante, especial e incrível do mundo

não sei se você já teve essa sensação de que se a pessoa está do seu lado, tudo é possível

se já teve, parabéns, você já provou a melhor sensação do mundo

se não, por favor, não tenha pressa por causa das palavras inexperientes deste autor

tudo que é dito aqui não passa de hipóteses, mas creio que é possível dizer que não vale a pena querer apressar essa sensação, afinal, o verdadeiro amor (amor?) não aparece de um dia para o outro

contrariando sua natureza, como já fizera uma vez por Sophia, o idiota quebra o silêncio

- eu sempre adorei esse lugar, desde que eu era pequeno...

Sophia nada respondeu, ela tinha aquele sorriso lindo, inocente e bondoso estampado em sua face mais uma vez, e embora os sentimentos não fossem recíprocos naquela conversa, ela ouvia com atenção

Ele continuou:

- ... eu sempre vinha aqui para pensar, passar o tempo, e até mesmo pra chorar...

Ele se sentiu mais idiota ainda contando aquilo pra ela, mas imaginava que um dia essas informações seriam importantes

- fala alguma coisa... – pediu ele

- pq tu me trouxe até aqui?

- sei lá, eu acho um lugar bom pra conversar, e significa muito pra mim poder estar contigo

- isso é tudo muito esquisito, sabia?

- eu sei, só não entendo pq tu não sai correndo pra longe de mim, sei lá, eu poderia ser um psicopata, a gente só conversou uma vez na vida

- mas eu sei que tu não é um psicopata, tu é uma boa pessoa

- o que te faz pensar isso?

- sei lá, o jeito com que tu falou comigo aquela vez...

Ambos relembraram aquele dia...

Fora a uma semana, mas parecia para ambos que tinha acontecido séculos atrás
Ambos ficaram com aquele sorriso bobo dos apaixonados no rosto, embora apenas um dos dois estivesse apaixonado (ou amando?)

- sabe... – continuou o idiota – desde a primeira vez que eu te vi eu penso em ti...

O rosto de Sophia ficou um pouco vermelho, mas ela nada disse, e embora o idiota tivesse reparado, apenas sorriu diante desse fato

- eu sei que é idiota, mas eu imagino as nossas vidas em um futuro próximo, e normalmente a gente ta junto, mas quando eu imagino você longe de mim, com outras pessoas, eu sinto inveja dessas pessoas...

O rosto de Sophia já estava igual a um tomate a essa altura, então ela disse:

- mas pq tu se sente assim? A gente nem se conhece!

O idiota pensou um pouco...

Não era necessário pensar na resposta, ele sabia desde a primeira vez que a vira, mas ele mesmo assim fingiu pensar antes de responder, apenas para não assustar aquela pessoa estranhamente tão especial

Então disse:

- pq desde o primeiro momento em que eu te vi eu pensei em como seria minha vida dali pra frente, e foi difícil imaginar uma situação em que você não estivesse pelo menos nos meus pensamentos, e quando eu finalmente consegui imaginar tal situação, foi realmente doloroso, psicologicamente sabe...

Ele fez uma pausa, ela mostrou o sorriso preferido do idiota, e ele continuou:

- sem contar que toda vez que eu adormeço sem pensar em você antes... o sono se torna cansativo, e os sonhos simplesmente não vem...

- isso é realmente estranho...

Ambos ficaram calados por um instante, pensando...

Então, um trovão interrompeu seus pensamentos e a chuva começou a cair, levando o romantismo daquele lugar embora, de repente, o bosque se tornou um local sombrio

Ao perceber isso, o idiota pensou apenas em tirar Sophia dali

- vamos embora, não é mais seguro ficar aqui

Ele estendeu os braços para Sophia, e eles se abraçaram

Aquele abraço deu força para ambos abandonarem aquele local que de repente se tornara especial para ambos

Então eles retomaram a trilha e saíram do bosque, sem dizer nenhuma palavra, mas certos de que aquilo era o inicio de algo realmente especial

fim

Sinto muito pela demora por essa postagem, e espero que estejam gostando do blog... apenas quero lembrar que os contos não são todos escritos nesse formato cansativo e ruim de ler, vai ficar mais tranquilo. E novamente, se gostaram, por favor divulguem para amigos, família, qualquer pessoa que possa gostar ou criticar e, se possível, deixar um comentário com sua opinião sobre o conto. Boa leitura.

domingo, 8 de agosto de 2010

o conto do idiota 'apaixonado'

pois bem...

o lugar é um prédio pequeno de aulas com três andares

a cena se passa na escada do segundo pro terceiro andar

do lado da escada tem uma parede, de um corredor que dá para as salas

eram aproximadamente 17:35 da tarde

e lá estava o personagem principal “idiota” da nossa história...

sentado, se não me engano no quarto degrau lendo um livro, esperando por algum sinal de movimento no corredor ao lado com o coração ao que eu calculo estava a aproximadamente 100 batimentos por minuto, ele não teve tempo de contar

eis que o pobre “idiota” ouve barulhos no corredor ao lado

e é justamente o barulho que ele esperava

numa fração de segundo ele tomou a decisão de ser um “idiota” corajoso

então, na frente de uma turma inteira de pessoas mais novas, vêm duas meninas

uma morena, possivelmente a menina mais linda que o “idiota” já viu na vida e que nós vamos chamar de ...?

Sophia, um nome bonito, inteligente, filosófico (o mundo de Sophia)

por coincidência, o nome dela começa com s mesmo

continuando

elas passaram, e o idiota, sem pensar mais disse:

- sophia, posso falar contigo?

a sophia olhou pra amiga dela, uma loira, algumas pessoas devem achar ela bonita, talvez até mais do que acham a sophia bonita, mas o nosso idiota não, ele não gosta muito de loiras

ele adora morenas

então, a sophia olhou pra amiga dela, e fez sinal pra ela continuar

provavelmente ela já esperava por aquilo, pois o idiota estava indo lá já fazia uma semana, e sempre ficava até depois da aula dela e sempre olhava pra ela que nem um bobão

sendo que na primeira vez foi por aproximadamente meia hora

agora vamos pra parte mais vergonhosa da história que eu gosto de chamar de capitulo 2

ela parou ao pé da escada e ficou olhando pro idiota, com o sorriso mais lindo, inocente e bondoso que ele já viu na vida

ele pediu pra ela esperar um pouco até todos passarem
todos passaram, e então

NOTA: ninguém está apaixonado até admitir isso

continuando

ele disse da forma mais estúpida possível, quase sem conseguir olhar pra ela:

- eu sei que tu deve achar isso estranho, a gente nem se conhece direito...

e ela respondeu, dando um sorriso ainda mais bonito que o anterior:

- é... um pouco

então ele disse:

- sei lá, é difícil dizer isso... mas eu queria te conhecer... por mais estranho que pareça...

então ela continuou olhando pra ele, sem dizer uma só palavra, apenas sorrindo... aquele sorriso maravilhoso que tanto encantava o nosso pobre idiota

então ele perguntou:

- tu vai direto pra casa agora, ta ocupada?

e ela:

- sim, tenho que ir

- ah bom... então, se tu quiser, a gente podia conversar no msn, sei lá

- por que eu realmente quero te conhecer...

então ela disse:

- tudo bem...

o coração do idiota já estava quase no cérebro e o rosto dele devia estar tão rubro quanto uma bola de basquete

então ele estendeu a mão

e apesar de tantas coisas estúpidas, ele acha que essa foi a mais inteligente que ele fez

ela, então, estendeu a mão pra ele

ninguém sabe se por acreditar no que ele dizia, se por medo de contrariar alguém que parecia meio perturbado mentalmente ou se até mesmo por pena

mas questão é que ela estendeu a mão pra ele...

ele não hesitou

pegou a mão dela da maneira mais gentil que se pode imaginar, apertando um pouco, mas com muita gentileza e olhou pra mão dela

era, sem a menor sombra de dúvida, a mão mais pequena, fofa, bonita e amável que ele já tinha segurado na vida

estava pintada com uma tinta escura,meio preta, meio roxa

era indecifrável, pois ele via tudo cor de rosa naquele momento especial...

ele segurou a mão dela por uns 5 segundos, contemplando-a

então largou, sendo invadido por grande tristeza por ter de largar a mão mais maravilhosa que ele já segurara

sorriu pra ela, ele não sabe se ela sorriu, mas isso era indiferente, pois naquele momento, tudo que importava pra ele era dar um jeito de segurar aquela mão novamente, um dia

então, ela desceu a escada

e, em outra fração de segundo, lembrando-se que foi a primeira vez que ouviu a doce voz daquela menina, e era realmente uma voz linda, ele fez uma coisa que pelos românticos seria interpretada como inteligente, mas por estúpidos modernos seria
considerado um ato ridículo

ele disse:

- a propósito - e esperou, até que ela respondeu - sim?

- tua voz é linda

ela respondeu:

- obrigada...

e foi embora

após um momento perplexo pelo que tinha feito, o idiota se sentiu o idiota mais feliz do mundo, e teve vontade de sair pulando, como se tudo no mundo fosse possível

fim

Bom, se você chegou ao fim do conto, muito obrigado. O blog foi criado para divulgar meus contos, a maioria de cunho romântico (vai que algum sai diferente disso), e todos escritos de maneiras diferentes, como vocês vão ver. Caso goste dos contos, peço que deixem um pequeno comentário, com elogios, sugestões e, especialmente críticas construtivas, que são o principal motor do mundo. Muito obrigado e boa leitura.